Belford Roxo recebe abertura do Black Queer Festival de Cinema 2025

BLACK QUEER FESTIVAL
há 2 dias
2 min de leitura

Atualizado: há 21 horas

L. G. Baixada T. documentário do diretor Artur Fontes com roteiro de Sandro Garcia é um dos destaques.

O audiovisual negro indígena LGBTQIAPN+ chega ao Rio e a Baixada Fluminense. De 24 a 29 de novembro, o Black Queer Festival de Cinema chega com programação totalmente gratuita, reunindo filmes que celebram narrativas dissidentes com protagonismo negro e indígena. A sessão de abertura acontece em Belford Roxo, no Centro Cultural Donana, e traz como destaque um filme da própria cidade (L. G. Baixada T. documentário do diretor Artur Fontes com roteiro de Sandro Garcia) — marcando o território e reforçando a potência artística local. O docudrama Eu não nasci pra ser discreta e o vídeo clipe Jesus e o Orixá completam a sessão que encerrará com o inédito e belíssimo filme baiano Masculinidades Plásticas (foto abaixo), de Dominic Arievilo em exibição única e exclusiva neste festival.

Mais do que um evento cinematográfico, o Black Queer Festival se firma como um ato político, cultural e coletivo. Seu propósito é dar visibilidade às narrativas LGBTQIAPN+ negras e indígenas, valorizando produções que rompem silenciamentos históricos e confrontam estruturas de exclusão. O festival propõe uma curadoria comprometida com representatividade real, privilegiando histórias plurais, anticoloniais e insurgentes.

O objetivo principal é celebrar, valorizar e ampliar a presença de corpos, vozes e memórias dissidentes nas telas, utilizando o cinema como ferramenta de resistência e transformação social.

A iniciativa busca fortalecer cineastas, coletivos e artistas marginalizados, oferecendo espaço de exibição para obras que desafiam estereótipos, expandem imaginários e colocam novas subjetividades no centro do discurso audiovisual. A ideia é criar pontes entre público e novas narrativas audiovisuais.

Consciência Negra e interseccionalidade como eixo

Realizado no Mês da Consciência Negra, o festival reconhece novembro como um período simbólico para reafirmar a construção de uma consciência negra interseccional, atravessada por raça, gênero, sexualidade e territorialidade.

A programação reforça a importância de ocupar espaços culturais e institucionais com narrativas que refletem identidades reais.

Acesso democrático

Todas as exibições são 100% gratuitas, fortalecendo o compromisso de democratizar o cinema e aproximá-lo de públicos historicamente afastados das salas de exibição e dos circuitos oficiais da cultura.

Confira a programação no site www.blackqueerfestival.com ou no instagram black.queerfestival